Boas.
Mário Rui (permita-me que assim o trate), não é intenção minha levá-lo a si ou a qualquer outro User á compra deste ou daquele equipamento, sobre o qual eu proventura aconselhe ou escreva. A decisão só a si cabe, pois o dinheiro é seu. Se eu proventura defendo com ardor o meu ponto de vista, é porque efectivamente acredito naquilo que escrevo. Mas esta é apenas a minha opinião, baseáda nos meus conhecimentos e na minha experiência profissional. Outros Users poderão ter opinião contrária, a qual aceito e respeito, embora reserve o direito de concordar ou não com ela. E se volto novamente á "carga" é pelo facto de ter lido na sua mensagem alguns pontos que considero "perigosos".
Mas primeiro permita-me que o aconselhe a ler novamente os Posts acima do A. Caneira, que de uma forma directa e curta abordou (algo que eu na maioria das vezes não sei fazer, pois escrevo muito) abordou, no meu entender, os pontos chave da questão. E olhe que ele sabe seguramente muito mais do que eu sobre a questão da iluminação.
Não vou voltar a falar da questão da baixa potência do iluminador, pois o meu ponto de vista creio que já ficou suficientemente exposto. Vou falar da questão vendedor, cliente e conhecimento. Vendedor quer vender, cliente quer comprar e nem sempre vendedor e cliente têm conhecimentos sobre o producto em causa. E explico.
Salvo raras excepçôes, o vendedor não tem conhecimento prático sobre o producto que vende. Tem conhecimento pela brochura que leu, e esta tem informaçôes que são escolhidas pelo fabricante. A informação constante na brochura pode não estar errada, mas seguramente que não é pormenorizada. E quando o é, não sendo favorável ão producto, está em letras miúdinhas. O vendedor vende, não trabalha com o producto. E só trabalhando com o producto é que se pode conhecer a fundo as suas virtudes e defeitos. E também estas são muito relativas, pois dependem do tipo de trabalho que se pretende fazer e do resultado esperádo. O equipamento ideal para um pode ser o pior para outro.
O cliente sabe que quer algo, um producto especifico, mas pode não ter conhecimentos para saber qual o modelo a comprar. E neste caso, confia normalmente na opinião do vendedor. Ora o vendedor está "preso" a uma empresa, existem interesses por trás do producto. Muitas vezes interessa mais ão vendedor e á empresa que ele representa, vender o equipamento A e não o B. O objectivo não é enganar ou servir mal o cliente. Mas se ele (o cliente) não ficar totalmente satisfeito, o azar é dele. Não estou a dizer com isto que é o "modelo" de negócio da Emilio de Azevedo Campos ou de qualquer outra empresa. Mas quem é que já não teve a experiência de constactar que o vendedor ainda sabe menos sobre o producto que nós?
Se por aqui pára algum vendedor de seja o que fôr, que me desculpe. Mas é este o meu pensamento e é esta a minha constactação dos factos. E se vendedores á que efectivamente sabem a fundo do producto que vendem, esses são muito poucos. Existem, mas são poucos. Não confundir aqui vendedor com prestador de serviços ou com instalador, que é um caso á parte.
Assim, compete ão cliente informar-se primeiro sobre as caracteristicas do producto. Certificar-se de que é aquele modelo que melhor o serve. Isto se não pretender arrepender-se mais tarde. E de preferencia, e sempre que possivel, experimentar primeiro. Nem sempre a ideia que formámos sobre o producto está correcta. Só experimentando é que se tem a certeza absoluta.
Como referiu, quem não percebe muito do assunto tem dificuldade em contra-argumentar. Por isso é que estar o mais bem informádo é a melhor solução. Afinal de contas, o objectivo de uma compra é a utilização do producto e não a sua arrumação numa qualquer prateleira, por não corresponder ão esperádo.
Para terminar, e porque já vai longa a escrita, deixo ficar uma pergunta, relacionada com a questão das baterias: pretende um producto prático mas que não satisfaz as suas necessidades, ou um producto mais incomodo mas que o deixa satisfeito com o resultado? Porque se vamos apenas pela questão do prático, até uma câmera como a sua pode ser em algumas situaçôes incomoda pelo tamanho. Noutros casos, pode ser a handycam pouco prática.
Não existem equipamentos perfeitos, todos têm os seus inconvenientes. Mas é bom estarmos cientes das limitaçôes deles e sabermos tirar partido do que têm de melhor.
Só mais um pormenor. Pode sempre colocar uma bateria nas "costas" da câmera, e não por baixo. Os adaptadores existem e continua a utilizar a câmera ão ombro. Fica mais pesáda, mas até o peso tem a sua vantagem.
Avalie bem as opçôes, as suas necessidades, e seja feliz na sua decisão. Por mim, e em consciência, não escolheria um modelo de tão fraca potência. Fosse ele de halogénio ou de LEDs. E não escolheria apenas porque a sua câmera precisa de muita mais luz do que tais modelos podem fornecer. Mas a decisão, saliento, é sua. Não me leve a mal pela minha opinião e por novamente ter voltádo á "carga". Boas.