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Autor Tópico: Quão fiável é pedir opinião de guião?  (Lida 4706 vezes)

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Offline Chob

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Quão fiável é pedir opinião de guião?
« em: 04 / Jun / 2012, 20:56 »
Boas,

Ultimamente tenho-me dedicado imenso à escrita de guiões, isto porque começo a trabalhar com pessoal que não conheço, e para evitar estar a explicar tudo, prefiro fazer um guião. Para que conste, faço-o como um hobby, não como uma dedicação profunda, e percebo que o guião vai muito para alem disso.

A questão é, quando tenho duvidas sobre um guião e penso perguntar uma opinião de terceiros, quão fiável é partilhar o mesmo? será que mo roubam? será que é um "segredo"  e só o realizador e a equipa é que o podem ver depois?


Já agora, o PortugalVideo seria um  bom sitio para os partilhar?

Tks e bons filmes

Offline Filipe Araújo

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Re: Quão fiável é pedir opinião de guião?
« Responder #1 em: 05 / Jun / 2012, 09:44 »
 Boas,


 pessoalmente acredito que se ganha mais a partilhar e a discutir ideias do que  as guardar para nós, corre-se um risco ... Sim. Mas é o preço a pagar para ganhar exposição.

 Como alguém disse: "Prefiro ser copiado a ser ignorado".


 Filipe Araújo.

Offline Chob

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Re: Quão fiável é pedir opinião de guião?
« Responder #2 em: 06 / Jun / 2012, 00:39 »
E quando se trata a aceitar sugestões? existe alguma regra "de senso" que diga que quem sugeriu deve ser automáticamente reconhecido por isso? (por exemplo quando se diz que numa determinada cena deviam haver penas, tenho de colocar um crédito no fim a agradecer a ideia?)

Peço desculpa pela "inocência" na area

Offline AC

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Re: Quão fiável é pedir opinião de guião?
« Responder #3 em: 06 / Jun / 2012, 02:36 »
Uma boa regra de senso, é que quem colabora em alguma coisa, com ideia de retorno (créditos) não é bom colaborador, é interesseiro!
A quem não quer ver, nem a mais intensa luz ilumina!

Offline LG

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Re: Quão fiável é pedir opinião de guião?
« Responder #4 em: 06 / Jun / 2012, 12:46 »
se tiveres duvidas só fazes bem em tirar e se calhar para tirares uma duvida não precisas de mostrar o guião todo.

podem roubar a ideia, mas a forma de como é trabalhada a ideia, varia muito de pessoa para pessoa, mesmo que nos roubem, o resultado final  será muito diferente.

e mesmo que não divulguemos muito o que andamos a fazer, no fim, chegamos à conclusão, que por mero acaso existe mais uma dúzia de pessoas a fazer trabalho semelhante...

também é bom ir mostrando o que andamos a fazer porque só através dos outros é que percebemos onde falhamos, onde podemos melhorar,  com os erros vamos aprendendo...

se  determinada pessoa deu-te montes de ideias para o guião, acho que deves colocar nos créditos, se for só uma ajuda pontual, talvez não, é uma questão de consciência.


« Última modificação: 06 / Jun / 2012, 12:50 por LG »

Offline Rodrigo Pinheiro

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Re: Quão fiável é pedir opinião de guião?
« Responder #5 em: 06 / Jun / 2012, 15:37 »
Boas

Na minha modesta opinião, se pensaste em fazê-lo é porque terás algumas dúvidas e/ou porque precisas de ajuda, acho que este fórum é um sítio onde alguém poderá ajudar-te, ou não  :-k. Pode ser que tenhas sorte  [-o<.

E quando se trata a aceitar sugestões? existe alguma regra "de senso" que diga que quem sugeriu deve ser automaticamente reconhecido por isso?
Se for algo significativo porque não? É só juntar mais um, ou vários, nomes nos créditos.

E para aqueles que gostam de estar sozinhos e que não gostam de partilhar.
"Prefiro ser copiado a ser ignorado".
=D>

Na verdade, um vídeografo não tem outros inimigos sérios senão as suas péssimas imagens.

Panasonic AG-AC 90: Sony HDR FX1000E: Adobe Premier CS6

Offline José Costa

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Re: Quão fiável é pedir opinião de guião?
« Responder #6 em: 07 / Jun / 2012, 04:10 »
Boas.
Citado por AC: "quem colabora em alguma coisa, com ideia de retorno (créditos) não é bom colaborador, é interesseiro!"

Algumas vezes, não raras, os interesseiros são melhores e maiores colaboradores.  :-k Boas.
O profissional inovador não segue a multidão. Ele tem lucidez para remar contra a maré e não se importa em ser taxado como "um estranho no ninho". - Luiz Roberto Carnier

Offline Chob

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Re: Quão fiável é pedir opinião de guião?
« Responder #7 em: 07 / Jun / 2012, 12:08 »
Feliz ou infelizmente, muitas das opiniões que recebo são de amigos que estão lá sempre a "apoiar", mas a citação "Prefiro ser copiado que ignorado" dá muito que pensar, também até porque hoje em dia tudo é uma cópia, de uma cópia, de uma cópia..

A questão seria mesmo essa Rodrigo, começar a pedir opiniões no PortugalVideo sobre as histórias escritas, isto porque chega a uma altura que os nossos olhos sozinhos consigam ver a história, se fecham a outras possibilidades mais "completas"

Obrigado pelas dicas, grande comunidade que aqui está :)

Offline Antaoanio Naobre marques

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Re: Quão fiável é pedir opinião de guião?
« Responder #8 em: 28 / Jul / 2012, 09:36 »
Existem técnicas para se construir um bom guião, eu vou dar-te algumas dicas que te podem ser uteis:
Isto  está em portugues do brasil, mas tem montes de dicas que podem ser importantes, para a contrução de um guião com impacto.
 
Atraindo e Mantendo a Audiência

É difícil imaginar um mercado mais competitivo que o da transmissão de TV. Nos Estados Unidos, por exemplo, o telespectador tem dezenas de canais de televisão, para escolher o que vai assistir.

Em cada ano, milhões de dólares são gastos para produzir programas de TV, com o intuito de conquistar uma grande audiência. E a cada ano a maioria das produções fracassa.

 

O Primeiro Passo é: conquistar a Audiência!

O sucesso de um programa de TV (e, por tabela, o seu próprio sucesso profissional) irá depender, fundamentalmente, da sua capacidade de atrair a atenção e manter o interesse do seu público. É claro que para isso, você deverá ter alguma coisa interessante para comunicar. Do contrário, a sua audiência mudará de canal ou se desligará mentalmente do conteúdo do seu programa.

Você pode pensar, "Não quero me preocupar com isso. Quero apenas fazer programas de TV, que eu ache interessantes."

OK, mas quem irá pagar por eles?

Estas são as "minhas dicas"
Espero que te sejam úteis
Um Abraço
Antonio Nobre
 

Realidade 101: Um Curso De Economia

Os custos de produção de TV são muito altos. Para se ter uma idéia, o custo médio de um programa de Rede é de um milhão de dólares, por hora.

Ninguém irá investir tanto dinheiro, sem acreditar em alguma espécie de retorno.

Este retorno pode ser a comercialização de espaços publicitários num programa de grande audiência; a comunicação efetiva de uma mensagem corporativa; o aumento de vendas de produtos ou serviços; ou simplesmente a divulgação de uma série de conceitos.

 

Atinja o Alvo (O Seu Público)

Nós usamos o termo público - alvo para indicar o segmento específico de uma audiência potencial que nós queremos atingir.

A maioria dos anunciantes tem preferências demográficas. Por exemplo, se você estivesse vendendo calças jeans, o seu público-alvo seria composto de adolescentes. E neste caso, você dificilmente ficaria interessado em patrocinar uma mostra de filmes de Hitchcock, que atrairia uma platéia mais velha.

Desta forma, independentemente do tipo de programa que se pretenda produzir, antes de começar, temos de descobrir quais são as necessidades e interesses do nosso público-alvo.

Os anunciantes gastam milhões de dólares para determinar as necessidades e interesses específicos do público-alvo, com relação aos seus produtos. No entanto, o princípio de se determinar as necessidades e interesses da audiência se aplica até mesmo a situações mais simples, como por exemplo, produzir um vídeo para este curso.

Se o seu trabalho for ser avaliado apenas por um professor, você terá um tipo de atitude bem diferente da que adotaria se o vídeo fosse exibido em uma festa de formatura. Em ambos os casos, no entanto, a satisfação das necessidades do seu público-alvo é a chave para o sucesso.

 

Utilizando Técnicas Para Envolver a Audiência

No final das contas, acabamos descobrindo que a audiência reage emocionalmente ao programa. Mesmo as apresentações de conteúdo lógico e educativo evocam - para melhor ou pior - uma resposta emocional. E embora as pessoas possam tentar fazer uma avaliação lógica da produção, é a reação emocional delas que determina a primeira reação.

Que tipos de conteúdo envolvem a audiência emocionalmente?

Em primeiro lugar, pessoas se interessam por outras  pessoas; mais especificamente, as pessoas gostam de "experimentar experiências" de outras pessoas. Especialmente de pessoas que levam vidas interessantes (perigosas, românticas, miseráveis ou dedicadas a alguma causa). O que possibilita adquirir visões de mundo diferentes, se expor a novos pontos de vista e aprender coisas novas.

As pessoas também gostam de ver programas que apóiem seus pontos de vista e tendem a reagir negativamente a idéias contrárias às suas crenças. Os produtores, portanto, devem ser cuidadosos quanto à apresentação de assuntos polêmicos que desafiem as crenças amplamente arraigadas - ainda que existam argumentos e evidências suficientes para se apoiar uma visão alternativa.

A questão é saber até onde se pode ir, sem se distanciar da sua audiência. Para citar um exemplo extremo, há alguns anos atrás uma emissora de televisão da Costa Oeste dos Estados Unidos expôs um chefe de polícia local. Um repórter agindo secretamente, colocou uma câmera dentro de uma caixa e gravou o policial recebendo suborno.

A matéria, quando foi ao ar, despertou uma grande revolta no público contra a emissora. Ao que parece, o chefe de polícia era popular e querido por muitas pessoas da comunidade e a verdade apresentada desta forma foi muito perturbadora. A reação emocional foi seguida de tentativas de racionalização do sentimento de revolta: a emissora foi acusada de liberal e preconceituosa e de ter armado uma armadilha contra um homem da ordem -e-da-lei, etc.

Esta, certamente, não foi a primeira vez que um mensageiro foi culpado pela mensagem.

O mesmo tipo de reação anti-mídia aconteceu quando o Presidente americano Richard Nixon foi forçado a renunciar por ter sido flagrado em atividades ilegais na Casa Branca. Se você quiser saber como tudo aconteceu, alugue o vídeo "Todos os Homens do Presidente". É uma boa reconstituição de fatos importantes da História americana, e ilustra como dois repórteres ambiciosos derrubaram uma Presidência.

Ainda que a tarefa de revelar a verdade não seja sempre saudada com entusiasmo, sabemos que para uma democracia prosperar a mídia tem uma responsabilidade social - trazer à luz, sempre que necessário, verdades que podem desagradar os que estão no poder.

Na verdade, se a mídia abandonasse este papel de "cão de guarda", o futuro do sistema democrático poderia ser muito sombrio.

Mas não fique com uma idéia errada; tem muita gente que adora um bom escândalo - desde que este não os envolva pessoalmente ou a nenhum ente querido. E isto comprova e explica o sucesso dos tablóides e dos programas de TV sensacionalistas.

O público também gosta de novidades e coisas excitantes. Por isso, mistério, sexo, medo, violência e horror são sucesso de bilheteria. E é por isso também que vemos tantas perseguições de carro, explosões e situações caóticas em filmes e programas de TV.

Estas coisas mexem com a adrenalina, envolvem emocionalmente... prendem a atenção.

Isto, é claro, nos leva à questão ética da exploração oportunista de assuntos que apelam para elementos não muito positivos da natureza humana. Muitas vezes, existe uma linha muito sutil entre apresentar idéias ou estórias de uma maneira honesta e enfatizar inescrupulosamente elementos como sexo e violência, apenas para atrair o interesse da audiência.

Além de um certo ponto, a audiência percebe que está sendo manipulada e explorada e se ressente disto. Lembre-se, o conteúdo de um programa, bom ou ruim, conta pontos na reputação das pessoas que o produzem (e algumas vezes, até na reputação de seus patrocinadores).

Com estes conhecimentos gerais sobre os elementos da programação que atraem a audiência, podemos agora voltar à questão de como colocar essas idéias no papel: o roteiro.