Uma questão pertinente...podem me ajudar?

[Filipe Araújo]

  Boa tarde a todos.

  Existem várias formas de iniciar-se nesta atividade: videografos de reportagem de eventos sociais, mais concretamente na reportagem de BBC`s (Bodas, batizados e comunhões). As mais frequentes são:

1)   A mais típica, ser filho/a do fotógrafo/videografo que tem a loja aberta.

2)   Participar em fóruns de fotografia/vídeo, mostrar bons trabalhos, provando valor. Com o contacto contínuo acabará mais cedo ou mais tarde para ajudar um colega e iniciar uma rede de contactos que o colocarão na atividade.

3)   A mais comum, ser conhecido de um fotógrafo/videografo, que numa fase de expansão de número de elementos por serviço, vê em alguém qualidades para a execução de tarefas e o convida a fazer parte nos serviços. Alguns anos atrás, era normal que esses convites/recrutamento partissem em lojas de fotografia, onde os amadores com paixão pela fotografia, mostravam de forma indireta garantias de execução. Inicialmente, como apoio na logística, transportar equipamento, aos poucos e com algumas explicações são feitos ensaios em momentos de menor importância. Com o passar do tempo eram-lhe aumentadas as oportunidades e corrigidas situações e consequentemente ia conquistando um lugar na empresa.

4)   Formação específica, cursos de fotografia/vídeo com estágio profissional. Abria uma oportunidade para ganhar experiencia.

5)   Formação superior na área dos audiovisuais, o próprio percurso e trabalhos académicos são uma referência do conhecimento.

6)   Ser o videografo dos eventos familiares. Caso mostre provas de qualidade e de criatividade é uma questão de tempo a surgir um convite tipo: “ O teu primo também faz trabalhos para fora, quanto me cobrará para filmar o casamento”. Palavra passa palavra e atividade vai surgindo.

 As oportunidades para entrar são escassas, mas o mais difícil é manter-se, para além do mercado estar saturado de ofertas de serviços, casa-se menos e com menos dinheiro para gastar. Assim o segredo passa pelo mérito individual e tratar a profissão com o respeito necessário.

  Agora que sabe as formas de entrar nesta atividade, deve questionar-se sobre várias questões:

- Está mentalizado para o facto de saber a que horas começa um casamento, mas nunca sabe a que horas ele acaba?
 - Tem consciência que, é uma atividade em que o ciclo de vida do equipamento é cada vez mais curta, é importante ter equipamento de reserva e que para marcar a diferença uma camara e um tripé já não é o suficiente.
 - Acredita que terá uma disciplina financeira que o não deixará iludir no Verão já que o Inverno é tão longo.
 - Por vezes os serviços são marcados com um ano de antecedência, entende que, quando se inicia nesta atividade, ainda que tenha anos difíceis, dificilmente poderá sair.
- Está mentalizado para abdicar dos fins de semana, feriados e Verão?
- Mais importante, tem o apoio familiar para o estilo de vida que o espera.

 Estas são algumas questões que quem quer se iniciar nesta atividade deve sempre fazer.


 Espero ter ajudado,
 Filipe Araújo.

[João Vieira]

Excelente descrição do pouco que nos acontece Filipe Araújo. 

[LG]

para começar acho que devias experimentar filmar algum casamento de um amigo, sem compromisso, sem valores...

tentas ver alguns trabalho já feito, mas não copies, tenta fazer algo por ti...

depois logo vês como corre

boa sorte

[José Costa]

Boas.
Citado: "para marcar a diferença uma camara e um tripé já não é o suficiente."

Me desculpem, mas não podia estar mais em desacordo com esta afirmação. De nada serve ter muita "tralha" e depois não a saber utilizar correctamente. Não saber ou não poder.

Olhem com atenção para o video acima por mim colocado e depois digam em que é que o equipamento utilizado contribuiu para o trabalho final. Contaram o nº de câmeras?

Este fim de semana passou na SIC uma reportagem. Câmera e tripé e o resultado foi fantástico.

O pessoal deixa-se abalar muito rapidamente por aquilo que os entendidos chamam de "pressão social": se os outros têm, então também tenho de ter, para não ser menos que eles. Se os outros utilizam 5 equipamentos, então tenho de utilizar 6 ou 7 para o meu trabalho ser considerado superior.

Não é o equipamento que faz o trabalho, é o seu utilizador. Utilizem bem um tripé, uma câmera e a vossa cabeça e posso garantir que o resultado final será fantástico. Sliders, gruas, dollys... tanta coisa se pode utilizar, mas 99% das imagens se resumem a uma câmera e a um tripé.

Querer colmatar falhas técnicas ou de formação com mais equipamento não é das melhores formas. Querer fazer um melhor trabalho com mais equipamento não produz resultados melhores. Se com uma câmera já se é mau, com mais equipamento não será seguramente melhor.

Mais uma vez, esta é a minha opinião, certa ou errada. O comentário não é dirigido a ninguém em particular, e muito menos a algum User por aqui.

Quanto às questôes colocadas no final pelo Filipe Araújo, nem eu mesmo poderia escrever melhor. Boas.

[Filipe Araújo]

 Boa noite,

 gostei do comentário da Laura, sem dúvida que o facto de ainda não estar ainda formatado, pode ser uma mais valia nesta área. Mas uma ausência de linhas de trabalho é algo difícil de colmatar.

 José Costa, concordo em muito com o que diz, mas certamente que também concordará que mais ferramentas criam mais oportunidades. Não sei ao certo que reportagem estará a falar, poderá ser as grandes reportagens Sic, ou alguns programas de viagens por eles criados. Podem não ter um slider, grua, steady, etc. Mas terão certamente micros externos, refletores, equipas multidisciplinares, voz off, motion ou grafic designers, etc, para complementar o homem, camara e tripé. 

 Filipe Araújo.

 

[José Costa]

Boas.
Evidentemente que quanto mais bem equipado estiver o profissional, quer de conhecimentos técnicos quer do próprio equipamento, melhor poderá ser o trabalho. Aliás, melhor tem de ser o trabalho. Mas infelizmente, não é isso que se verifica na maioria das vezes. Vê-se muita coisa na net, com muita "tralha", e o resultado é simplesmente horrivel. O pior é que de tanto trabalho desses existir, muitos são os que  começam a pensar que aquilo é que está bem feito.

Quando vejo alguém a chamar o video acima de "muito bom!", o que é que posso dizer? Tenho até medo de me pronunciar, com receio de ofender algum User. Não o faço com intençôes, mas a verdade é que as coisas são o que são. Digo eu...

A reportagem a que me refiro passou no jornal da noite de Domingo, uma reportagem muito ão estilo da BBC vida selvagem. Aquilo é o homem, a câmera e o tripé. Hà e já agora... o seu jeep. Boas.

Para o Valter Pinho, já equacionou a hipotese de pedir a um colega de profissão ir com ele e fazer a sua reportagem video, com a garantia de você não interferir no trabalho dos outros profissionais, e fazer a sua própria reportagem? Por vezes, para se ganhar, primeiro tem de se perder. Ficar quieto é que não consegue nada, correcto?

A vida nem sempre é justa, e muito menos nesta profissão. Mas lamúrias não colocam comida na mesa. Boas.

[Valter Pinho]

Pronto...piquem-me à vontade...quanto mais me bates mais eu gosto de ti! Mas...olhando praquilo que eu disse que está muito bom e para aquilo que eu mostrei como mensagem privada...Hum...acredito que tinha razão! Que dizem?

[José Costa]

Boas.
Valter Pinho, este é o mal dos fóruns: os Users começam a levar as coisas muito a peito. Muitas vezes pedem opiniôes mas depois não estão preparados para ouvir as verdades. E as verdades doiêm muitas vezes.

Não leve a mal algo que eu escreva. Posso não ser muito bom a dar palmadinhas nas costas, mas estou sempre disponivel para ajudar. Desde que não se importem de ouvir o que eu penso. E repare, eu penso de uma forma, mas as pessoas não são obrigadas a concordar comigo. Discorde à vontade, exponha o seu ponto de vista. É o que eu faço.

Compreende agora o porquê de eu ter apagado uma mensagem minha lá atrás? É complicado sermos abertos e honestos com os outros, se estamos preocupados com o facto de os magoar ou ofender.

À quem seja apologista da frase "Se precisar de mim, nem pense em me procurar.". Ou sou mais do género: "Amigo é quem te socorre, não quem tem pena de ti."

Em altura alguma tive como intenção ofender, magoar ou criticar, pelo simples prazer de o fazer. Se ofendi, magoei ou critiquei, foi apenas com o objectivo de ajudar. Estranha forma de ajudar, eu sei. Boas.

P.S. Só estou a tentar chegar às 3500 mensagens. O A. Caneira prometeu-me uma licenciatura quando atingir esse limite.

[Valter Pinho]

Hey, quem disse que fiquei ofendido? Okay, para quem me interpretou mal, eu explico...quando disse: "Pronto...piquem-me à vontade...quanto mais me bates mais eu gosto de ti!" simplesmente quis dizer: "Tens razão, não batam mais no ceguinho...agora que aquilo está bom na minha opinião...está!"  Não me piquei nem nada do género! Mas se dizem que não está grande coisa....então o que será um bom vídeo de casamento? Um desses da Videoart ? Sim, concordo! Mas para uma pessoa que nunca viu um video de casamento na íntegra...tudo é digno de ser bom exemplo!

[José Costa]

Boas.
Citado: "não batam mais no ceguinho..."

Isso não, essa frase não, que quase já houve pancada por aqui por causa dela. Hà... maus momentos já passei aqui... defender ideais é tão ingrato! Boas.

[Paulo C. Jerónimo]

Oi,
deixo mais algumas dicas, talvez, neste meu tópico:aqui