Aonde pára o Blu-Ray?

Iniciado por José Costa, 07 / Mai / 2008, 03:54

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José Costa

Boas.
Foi já á quase três meses que o Blu-Ray venceu a batalha contra o seu concorrente directo: o HD-DVD. Venceu a batalha, mas como já afirmei num outro tópico, falta saber se vai ganhar a guerra. È que nestes três meses de dominio absoluto no mercádo, parece que ele não existe. As vendas de leitores Blu-Ray não só não aumentaram, como ainda diminuiram.

Dois estudos de mercádo, efectuados por empresas diferentes, vieram á coisa de uma semana indicar isso mesmo. Um dos estudos indica que as vendas dos leitores cairam cerca de 40% durante os dois primeiros meses do ano (ainda existia a guerra dos formatos) e apenas subiu 2% durante o mês de Março. O outro estudo indica que só dentro de 12 a 18 meses é que se poderá talvez observar a sucessão do Blu-Ray, destronando o actual DVD.

Mas como a tecnologia não pára, e as guerras costumam fazer muitas vitimas, muita coisa pode acontecer até lá. Ou talvez não aconteça nada. Boas
O profissional inovador não segue a multidão. Ele tem lucidez para remar contra a maré e não se importa em ser taxado como "um estranho no ninho". - Luiz Roberto Carnier

José Costa

Boas.
Mais três meses se passaram desde o meu último Post neste tópico, e tudo se mantém igual. Igual para não dizer pior, pois durante a batalha que existiu ainda se ouvia falar ora de um ora de outro (Blu-Ray e HD-DVD). Agora nem isso, a não ser para divulgar mais um ou outro estudo que evidencia uma clara perca da guerra.

Um estudo realizado por ABI Research afirma que a maioria dos consumidores estão contentes com a qualidade que disfrutão dos seus actuais leitores de DVD, pelo que não equacionam a hipotese de comprar um leitor de Blu-Ray, até porque, ão contrario do que aconteceu como o VHS e o DVD, consideram que não á uma tão grande melhoria na qualidade de imagem, a ponto de quererem dar o salto para a geração óptica seguinte (Blu-Ray). A somar a esta opinião, tem ainda o facto de os leitores Blu-Ray terem um custo elevado e ainda o facto de necessitarem de um novo televisor preparado para o HD.

Segundo o mesmo estudo, se bem que cerca de metade dos inqueridos considere que o Blu-Ray tem uma muito melhor qualidade de imagem, outros 40% considera que só é um pouco melhor. Mas no geral, a maioria está satisfeita com a qualidade dos DVD. Isso explica porque é que só 23% é que considera comprar um leitor Blu-Ray até ão final do ano.

Tendo como base este e outros estudos, e agora sou eu que o digo, tudo leva a crer que não será tão cedo que o HD chegará ão mercado da produção BBC (Bodas, Batizados e Casamentos), que é o ponto que me interessa. Não que não goste de ver cinema (ou filmes, como preferirem), não que não veja de vez em quando um na TV, mas o tempo é tão  pouco que não fica grande tempo para estes prazeres, sem contar com o facto de existirem outras prioridades, assim como entender existirem formas melhores de eu passar o tempo.

Se o consumidor em geral não está muito inclinado para a compra de um leitor Blu-Ray, se eles não estão de tal forma "instalados" na casa das pessoas, fica claro que a gravação em HD das reportagens BBC ainda é um mercado muito precose. Será talvez o futuro, será talvez... mas ainda não é o futuro.

Na net circula á já algum tempo opiniôes mais ou menos válidas sobre a possibilidade de o Blu-Ray não chegar mesmo a se impôr no mercado. A exemplo do que aconteceu com o VideoDisc, com o DCC (no audio) e outros. Apontam a banda larga como um concorrente directo do Blu-Ray. Cada vez mais são descarregadas músicas pela net (e não estou a falar de pirataria mas sim de serviços tipo iTunes) e apontam o video como o próximo caminho. Já existem serviços destes, mas ainda com pouca aceitação. E a maioria, senão mesmo todos, no mercado americano.

Pessoalmente não acredito muito nesta visão, pelo menos nos tempos mais próximos. Descarregar um filme pela net não é tão rápido assim, e ninguem está a fim de ficar horas a fio á espera que o download se realize para o poder ver. Querem o imediato. E nem as ligaçôes actuais o permitem, nem a estructura da rede está para isso preparada.

E uma vez que o HD "não existe" nas casas das pessoas, o que é que as pode levar a querer a reportagem do seu casamento ou outro tipo de evento em HD? Nada, para mim nada.

Vejo diáriamente colegas de profissão completamente "enlouquecidos" pela febre do HD. Por uma lado queixam-se que o mercado está mau, que os preços dos serviços estão baixos, que o material está caro, que estão constantemente a sair novos equipamentos e constantemente a tecnologia está a mudar. Que ão ritmo que as coisas vão não é possivel acompanhar a caminhada da evolução. Mas por outro lado vejo-os a desfazerem-se do equipamento que têm, a comprar câmeras HD ou HDV, para continuarem a fornecer ão cliente um producto em SD. E isto para mim é de loucos. A tecnologia nunca esteve tão barata, nunca esteve tão acessivel e nunca foi tão fácil como agora tomar decisôes. Mas as decisôes têm de ser tomadas com a cabeça e não com as emoçôes.

Já em outros tópicos "opinei" que o HD nas reportagens BBC (Bodas, Batizados e Casamentos) não se faria senão em dois ou três anos. Sempre dei o ano de 2009 como talvez o ano em que o mercado começa-se a pedir o HD. Pois começo a crer que só mesmo em 2010 é que o será. Vamos a meio de 2008 e não vejo qualquer movimentação no sentido da mudança. Vejo os op. de câmera a mudar de equipamento, mas não vejo o mercádo a pedir tal mudança. Os vendedores sim, mas não o cliente final, que são esses que pagam a reportagem.

Quem comprou uma câmera HD ou HDV á dois anos atrás, ou mesmo no ano passado, tem vindo a não retirar grande partido da compra. E se a compra não tem uma maior valia, então significa que foi uma má compra. È claro que tal facto custa a admitir, mas não deixa de ser verdade. Exceptuando alguns op. de câmera, que se movimentam em algum nicho de mercado e como tal têm tirado vantagem do salto que deram, a maioria ainda continua a fornecer ão cliente um producto SD, ainda continua a gravar em DV (com a câmera HDV) e ainda continua a praticar o mesmo preço que antes. E isto para mim é uma má opção.

Muitos me perguntam "devo comprar agora uma HD ou HDV?" ão que eu respondo "ainda é cedo!" Verdade seja dita, poucos são os que me dão ouvidos. O desejo de poder dizer "eu tenho uma HDV" como tantos outros já podem dizer, leva-os a não pensar no que vão fazer. A emoção suplanta a razão, e a desgraça acontece.

Equipamento profissional é para se trabalhar, não é para ter. È para se rentabilizar, para se pagar a ele próprio, para fazer com que se ganhe dinheiro com ele. Equipamento profissional é para ser comprado quando o serviço que se faz ou que se pretende fazer a isso obriga. Porque se se compra um equipamento com a emoção ão invés de ser com a razão, não se está a tomar uma decisão profissional mas sim a proceder-se como um simples e mero amador. Porque o amador compra porque quer ter. Compra com o intuito de retirar satisfação do artigo e não com o intuito de retirar dividendos monetários. E esta compra tanto pode ser de um produto claramente amador, como pode ser um produto claramente profissional. Mas o objectivo esse já está defenido: o prazer.

Evidentemente, por vezes tomamos decisôes erradas, baseádos em premissas errádas. Julgámos que precisamos de determinado equipamento, que vai resolver determinada situação, e acabamos por verificar que as espectactivas não correspondem depois á realidade.  Seja por má avaliação nossa, seja pelo mercado seguir num outro caminho. Mas isso são os riscos da profissão. À que estar atento e aprender com os erros. Porque até os erros nos podem ensinar.

E assim, de á três anos para cá, que eu venho respondendo "ainda é cedo" ás perguntas "compro agora?" E por mais um ano ainda vou continuar a responder da mesma forma. Não porque tenha medo da mudança ou porque não quero a mudança, mas porque o mercado não muda, ou não vai mudar, nos próximos tempos. E enquanto isso, vou rentabilizando o equipamento que tenho. Porque foi para isso que o comprei: para se rentabilizar, para se pagar a ele próprio, para fazer com que ganhe dinheiro com ele. Porque compras de amador já me basta as que eu faço com ferramentas electricas. Porque essas, são para desfrutar da vida, para ocupar os tempos livres, para prazer próprio. Porque a vida não é só trabalho, á que reservar tempo para o lazer. Boas.
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Pedro Rocha

É sempre interessante ler a opinião do "nosso" caro membro José Costa, e tenho de confessar é dos poucos que me dá gosto ler e responder, nem que seja só para lhe demonstrar que à luz lá no fundo.

Citação de: Jose Costa em 04 / Ago / 2008, 19:44
...ao contrario do que aconteceu como o VHS e o DVD, consideram que não á uma tão grande melhoria na qualidade de imagem, a ponto de quererem dar o salto para a geração óptica seguinte (Blu-Ray). A somar a esta opinião, tem ainda o facto de os leitores Blu-Ray terem um custo elevado e ainda o facto de necessitarem de um novo televisor preparado para o HD.

De facto a melhoria DVD »» BD não é igual ao que nos proporcionou a evolução do VHS »» DVD, mas também podemos agradecer aos avançados upconverters para 1080p aplicados nos mais recentes leitores de DVD. Mas dizer que os leitores BD estão caros não é uma afirmação muito correcta, acho o José Costa tem idade suficiente para se lembrar da evolução do DVD, mas se não, fica aqui uma passagem da história para relembrar:

The first DVD players and discs were available in November 1996 in Japan, March 1997 in the United States, 1998 in Europe and in 1999 in Australia. By the spring of 1999 the price of a DVD player had dropped below $300 US. At that point Wal-Mart began to offer DVD players for sale, but DVDs represented only a small part of their video inventory; VHS tapes of movies made up the remainder.

Tendo em conta que o BD só passou a estar comercialmente disponível desde 2004, podemos ver que ainda é muito jovem e com bastante espaço para crescer.

Citação de: Jose Costa em 04 / Ago / 2008, 19:44
E uma vez que o HD "não existe" nas casas das pessoas, o que é que as pode levar a querer a reportagem do seu casamento ou outro tipo de evento em HD? Nada, para mim nada.

Vamos cair na realidade aqui, só agora (ano de 2008 em Portugal) o consumidor está a ser bombardeado com o BD, vamos dar tempo ao tempo, o Natal de 2008 será a verdadeira prova dos nove para o mercado de alta-definição em Portugal. Já se compra uma drive de gravação BD por pouco mais de 200€, o Adobe Encore CS3 já grava BD's já faz 1 ano, a Sony Creative Software lançou a actualização do DVD Architect Pro o mês passado, apesar de já ser possível desde Setembro de 2007 gravar BD's através do Vegas Pro 8, mas sem menus. Por isso soluções de produção de conteúdos em BD não faltam.

Citação de: Jose Costa em 04 / Ago / 2008, 19:44
Já em outros tópicos "opinei" que o HD nas reportagens BBC (Bodas, Batizados e Casamentos) não se faria senão em dois ou três anos. Sempre dei o ano de 2009 como talvez o ano em que o mercado começa-se a pedir o HD. Pois começo a crer que só mesmo em 2010 é que o será. Vamos a meio de 2008 e não vejo qualquer movimentação no sentido da mudança.

Espero bem que isso aconteça, assim não terei muita concorrência, e dominarei o mercado  \:D/ \:D/. Espero que outros sigam esse caminho, o melhor mesmo é só comprar uma HDV ou AVCHD quando começarem a aparecer cameras de consumo 4K.

Em tom final, temos é de promover o produto com marketing e publicidade, este ano já perguntei várias vezes aos clientes se têm alguma consola PS3 em casa. E qual é o meu espanto quando dizem que sim, vai daí começo logo a promover o produto BD que ofereço e até agora tenho conseguido vender a todos os que possuem a dita PS3 é que segundo dados de à um ano atrás já tinham sido vendidas 20.000 em Portugal e tendo em conta que no natal 2007 se venderam mais uns "quantos milhares", à que explorar isto. E só não vendo mais trabalhos BD porque em alguns trabalho por sub-contrato e essas pessoas não o promovem como eu.

Mas também concordo, se trabalhamos num mercado que não exige HD, então o melhor é manter-mos o equipamento SD que possui-mos.
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José Costa

Boas.
Como referes e bem, "ler a opinião", pois é disso que se trata, da opinião. E a opinião é formada pela experiência, pela vivencia, pelos ideais que entretanto se criam, e muitas vezes também pelos intereses que estão envolvidos. E como pessoas diferentes que proventura somos, quer pelo facto de vivermos em zonas diferentes do país, quer pelo facto de termos clientes com poderes económicos diferentes, temos opiniôes diferentes. Mas isso não significa que estejamos ambos certos, ou que estejamos ambos errádos. Porque a luz pode existir ão fundo do túnel, mas nada nos garante que o caminho certo é esse. E como tantas vezes acontece com isto da tecnologia, os caminhos têm muitas curvas. Quando a velocidade é muita e o piso está molhado, á o risco de se perder o controlo e o acidente fica á espreita. Muito controlo e muito cuidado é preciso.

Repara que a afirmação de que os leitores de Blu-Ray estão caros não é uma afirmação minha, mas sim a conclusão do tal estudo tendo em atenção o que os entrevistados afirmaram. Mas de qualquer das formas, posso fazer minhas essas palavras. E atenta no seguinte: quando o DVD se começou a implantar em Portugal, porque é o mercado português que me interessa, não o mundial, quando o DVD se implantou cá, em 1998, um leitor/gravador de video VHS dos mais forretas (que é o mesmo que dizer Made in China) custava cerca de 40 contos, duzentos euros pelo dinheiro actual. Um leitor de DVD custáva 200 contos, mil euros. O boom do DVD em Portugal começou mesmo quando os preços dos leitores começaram a cair, a ponto de ficarem mais baratos que os leitores de VHS. Os VHS ainda custavam 40 contos e já os DVD custavam 20. Os preços baixaram tanto para os leitores VHS como para os DVD, mas enquanto os VHS ficaram nos 20 contos, os leitores de DVD passaram a custar 5 contos, 25 euros portanto.

Quando agora tens um leitor de Blu-Ray que não custa menos de 400 euros, mas que seja 300 euros, comparativamente a um de DVD que custa em alguns casos 20 euros, temos de reconhecer que é caro. E é esta comparação que tem de ser feita, não quanto custava um leitor de DVD no tempo em que foi lançado.

Quanto á questão do tempo, o DVD foi lançado em Portugal por volta de 1998. No final desse ano, as vendas já estavam a um ritmo acelarado. O Blu-Ray foi lançado em Portugal, quê... talvez em 2005. Estamos em 2008, são só 3 anos de diferença. Mas ão contrario dessa epoca, as pessoas não andam agora tão ávidas de cinema, têm outras ocupaçôes. Têm canais por cabo, por telemóvel, banda larga disponivel nos portáteis, e muitas prateleiras em casa cheias de cassetes VHS e de DVDs. Já não têm espaço, nem vontade, para se meterem em mais monos. Porque cada vez mais as pessoas se convencem que vão ficar cheias de monos. E passam a ser mais selectivas no que compram.

De nada vale existirem gravadores de Blu-Ray e o respectivo software, se não houver interessados no producto. As reportagens BBC estão directamente ligadas á forma como as pessoas preferem ou podem ver o trabalho. E se o que têm agora é um leitor de DVD, é DVD que querem. Formato de futuro não diz nada ão cliente final, porque ele sabe agora que vai haver sempre algo para além desse futuro.

Consolas, continua com a "panca" das consolas. Não é a PS3 que vai vender o Blu-Ray. Não foi a PS2 que vendeu o DVD. 20.000 ou 40.000 PS3 não são nada comparados com os 3-4 milhôes de leitores de DVD existentes em Portugal. E a febre por PS3 não é assim tanta. Pode ser um factor que influencie a compra de um serviço em Blu-Ray, se o cliente já tem uma PS3, mas não é o principal.

O tempo vai dizer o que vai acontecer. Mas tenho para mim que reportagens em HD, em força, não será antes de 2010. Fico contente por estares a te dar bem no caminho escolhido, mas tú és um. Mas o outro milhar de operadores que correu a comprar HD ou HDV, estão a fornecer o quê?

Sem contar com outro factor, não fazes profissão a tempo inteiro das reportagens BBC. Experimenta largar o emprego e viver só das reportagens, e verás como em pouco tempo as tuas ideias começam a mudar. Não estou a fazer um juizo das tuas opçôes profissionais, apenas quero com isto dizer que o facto de teres uma garantia proporcionada pelo teu emprego diário te dá uma outra prespectiva do mercádo. Certa, erráda, não interessa, apenas é outra prespectiva do mercádo.

Mas o relógio continua a dar horas, que é o mesmo que dizer que o tempo se vai passando. Vamos ver as badaladas que ainda vamos ouvir. Boas.
O profissional inovador não segue a multidão. Ele tem lucidez para remar contra a maré e não se importa em ser taxado como "um estranho no ninho". - Luiz Roberto Carnier

Tiago Carvalho

Carissimos:

Faço isto (BBC) como "profissão" acerca de 12 anos, no entanto mais de metade dos anos, aí uns 7/8, fazia disto um part-time ao qual me qualifiquei academicamente na área, com intenção de um dia, sei lá quando, poder trabalhar com produtoras etc ... contudo adquiri uma 1ª camera de vídeo á 2/3 anos, uma HDV z1. Como era minha a 1ª camera, o facto de ter optado por esta e não por outra foi pelo facto de poder gravar em 2 formatos, o DVcam e o HDV e claro a qualidade/preço. No inicio fiz alguns trabalhos em HDV ao qual vi que a qualidade (visualizado num LCD HD ready, diectamente da camera de video) era abundante comparativamente aos outros formatos, mas no entanto não me serviria de nada se não tinha um editor/gravador para dar continuidade á dita.

Acerca de 2 meses adquiri um novo sistema de edição no qual optei por lhe colocar um gravador BR. Estou neste momento preparado, como se calhar muitos de vocês, para gravar em HDV editar em HDV e "sacar" o vídeo para um disco BR.

Aos poucos, em 3 anos aproximadamente, fui adquirindo "o tal futuro", o HD, é certo que para quem já tinha investimentos feitos o importante era e será rentabilizar o material, eu "comecei do nada" comprei uma HDV e agora um sistema capaz de suportar o HD.
Há dias em conversa com um colega da área falou-me de varias pessoas que lhe pediram o vídeo (casamento) em HD, ao qual ainda não está preparado para o realizar, para o próximo ano, ou seja, já existem pessoas com a perspectiva de adquirir o vídeo do seu casamento em HD.

No meu caso para os meus clientes (lojas de fotografia) tenho ao dispor uma nova opção sendo que podem apresentar um novo Pack aos noivos e restantes clientes.

Os valores de certeza que não serão os mesmos serão bem mais caros é claro :) :) por isso só ao fim de 3 anos é que fiquei preparado para poder "enfrentar" o HD....bem....mais vale tarde que nunca :)


Abraços e boas imagens.

AC

#5
Citação de: Jose Costa em 05 / Ago / 2008, 12:53
Consolas, continua com a "panca" das consolas. Não é a PS3 que vai vender o Blu-Ray. Não foi a PS2 que vendeu o DVD. 20.000 ou 40.000 PS3 não são nada comparados com os 3-4 milhôes de leitores de DVD existentes em Portugal. E a febre por PS3 não é assim tanta. Pode ser um factor que influencie a compra de um serviço em Blu-Ray, se o cliente já tem uma PS3, mas não é o principal.ir. Boas.

Embora um pouco sem relação com a questão, deixa dizer que precisamente as consolas, nomeadamente a PS3, foi a principal responsável pela implantação do BD, e o consequente fim dos sistemas concorrentes. A Sony hábil como é, cedo percebeu que as pessoas não iam comprar leitores de BD "alone", e então decidiu mete-los nas casas das pessoas de forma indirecta, num produto que as pessoas já queriam comprar, a PS3, e assim vez o formato vencedor. A industria do cinema logo percebeu que se queria vender filmes em HD tinha de ir para o BD, era o que as pessoas mais tinham em casa, não por opção própria, mas porque tinham uma PS3! O raciocínio do Pedro Rocha me parece correcto, a quem tem um PS3 deverá ser fácil vender um Casamento em HD

Cumprimentos

Editado para rectificar BR por BD - Obrigado Pedro
A quem não quer ver, nem a mais intensa luz ilumina!

Pedro Rocha

Só adicionar aqui à conversa um pequeno pormenor, reparo que muitos usam a abreviação de BR para falar de Blu-ray, mas o correcto é dizer-se BD. Tal como o DVD significa Digital Versatile Disc, o BD quer dizer Blu-ray Disc, usando sempre a letra r de ray com letra pequena.

Fica o esclarecimento, porque o BD veio pra ficar e nada melhor que usar a abreviação correcta.

Olá Tiago, é bom ver que não estou sozinho, temos de apostar na divulgação e promoção do trabalho em BD e fica aqui um conselho que sei que é difícil implementar mas fala com a casa de fotografia para quem trabalhas se tu podes vender directamente o trabalho, acredita que os videos BD que tenho vendido são aqueles em que esta situação acontece. Só para exemplo numa dessas vezes o cliente tinha uma PS3 em nem sabia que lia BD, até que o esclereci e demonstrei as diferenças e ele nem olhou para trás e compro-me o pacote mais caro que eu tinha que por algumas razões não vou divulgar o preço exacto e os conteúdos do serviço, mas posso dizer que é bastante superior a 1.000€!! Para venderes um produto destes também entra em conta uma análise prévia do cliente, como a localização da habitação, o trato que as pessoas tem contigo e outros aspectos que como "vendedor" vais adquirindo. Mas a pedra chave é seres TU a vender o produto e não a loja de fotografia.


Citação de: Jose Costa em 05 / Ago / 2008, 12:53
Sem contar com outro factor, não fazes profissão a tempo inteiro das reportagens BBC. Experimenta largar o emprego e viver só das reportagens, e verás como em pouco tempo as tuas ideias começam a mudar. Não estou a fazer um juizo das tuas opçôes profissionais, apenas quero com isto dizer que o facto de teres uma garantia proporcionada pelo teu emprego diário te dá uma outra prespectiva do mercádo. Certa, erráda, não interessa, apenas é outra prespectiva do mercádo.

Correcto, mas já me ocorreu faze-lo (largar o emprego), ou mesmo pedir uma redução de horário, pois não faço só BBC's, estou também virado para as empresas, para a formação e só um à parte, também sou mediador de seguros em part-time (mas o audiovisual é a minha verdadeira paixão). Acho que as pessoas são como são independentemente das opções profissionais que tomem e acredito que seria o mesmo se não tivesse o dito "emprego diário".

Eu até podia até estar descansado no "meu" cantinho, fazia o meu horário vinha para casa, não tinha preocupações, enfim vida santa, mas não eu quero mais, sou ambicioso e consciente das minhas capacidades, pois não tenho a vida que gostava de ter, mas tenho a vida que escolhi ter.

José acho que à que abrir horizontes, explorar mercados e soluções ainda não exploradas, ser inventivo e empreendedor, investir em função das necessidades e acima de tudo estar à frente de concorrência. E apesar de sermos todos "concorrentes" existe mercado para todos, pois como em todas as profissões existem várias categorias e níveis de qualidade de oferta.



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José Costa

Boas.
Estes três últimos Posts abordaram ão de leve uns aspectos que creio que teria algum interesse "alargar". È que o mercado das reportagens não é tão linear e simples como a uma primeira vista pode parecer, como alguns acreditam ser, e outros tentam passar como verdade.

Mas para não ser muito maçador, vou apenas tocar ão de leve neles:

- Uma coisa é começar de novo, outra é já estar no mercádo.
- Ter equipamento á frente do tempo é bom, mas se não tiramos partido dele é mau.
- De nada serve querermos ser nós op. de câmera a desbravar o caminho do HD, se o cliente não estiver interessádo em seguir esse caminho.
- A Sony, assim como outras, são empresas com interesses fortes no mercado. Podem bancar o prejuizo de um determinado producto, como o que está a acontecer com a PS3, porque têm outros interesses por trás. Uma pequena empresa ou micro-empresa não tem o poder destas empresas. Como tal, não pode bancar o prejuizo de um producto.
- Vender ou tentar vender uma reportagem em HD a um possuidor de uma PS3 é um negócio lógico. O que não é lógico é pensar que todos vão querer e que só o mercádo dos possuidores da PS3 é suficiente para tornar rentável uma área como a das reportagens. A venda de reportagem a possuidores de PS3 é um mercado de nichos e tem de ser encarado como tal.
- Não questiono o Blu-Ray presentemente. Questiono sim é o seu futuro. Futuro que tarda em chegar.
- Ter equipamento "topo de gama" durante três anos, e continuar a trabalhar com ele como se de velho se trata-se (é HD mas entrega-se em SD), significa que quando se começar a trabalhar efectivamente com ele em HD, ele vai ser de facto velho, pois novos equipamentos já surgiram no mercádo, mais baratos, com mais caracteristicas, melhores e mais opçôes.
- Trabalhar em part-time é diferente de trabalhar em full-time. No primeiro caso, temos liberdade de escolha em relação ão cliente e em relação ão preço que cobramos. No segundo caso, é o cliente quem escolhe e muitas vezes quem faz o preço. E este "fazer o preço" traduz-se pela muita escolha que o mercado oferece.
- Quando o mercado das reportagens BBC é dominado pelas casas de fotografia, não existe essa de vender directamente o trabalho ão cliente. O cliente não quer ter que tratar de "dois assuntos" (fotografia e video) em locais e casa diferentes, quando uma só lhe trata de tudo. E a casa de fotografia não está a fim de perder os seus 100% de lucro no video (pois é a margem que as casas de fotografia por cá no Norte têm). E se o têm, é de agradecer ão individualismo dos op.de câmera.
- E para finalizar, neste mercado não existe o "estar á frente" da concorrencia. Pois a acontecer, é só por um dia. Basta um lembrar-se de colocar amendoas na caixa do DVD para no dia seguinte já todos oferecerem amendoas, café e um aperitivo.

O segredo, para mim, é investir no momento certo, na altura certa. Nem antes, nem depois. E neste mercádo das reportagens BBC, é o cliente quem define o momento e a altura. Só temos é que estar atentos ão que o cliente diz. Boas.
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José Costa

Boas.
Ão preparar-me para escrever este post, o sistema deu-me o seguinte aviso:

"Aviso: - este tópico não tem respostas há360 dias."

Fui então verificar a data do último post, e pude constactar que já faz mais de 2 anos que ninguém "coloca" aqui algo. 2 anos e tudo continua igual. Ou pior...

Mas não foi para falar do tempo que medeia entre posts que me decidi a escrever aqui. O assunto:

Steve Jobs, o "patrão" da Apple, nunca foi de amores com o Blu-ray, a tal ponto que nunca foi lançado um modelo Mac com leitor Blu-ray. Amplamente criticado pelos consumidores, sempre se mostrou "indisponivel" para considerar o Blu-ray como opção. Não por ter algo contra o formato, mas por não acreditar no mesmo.

Já à tempos que a Samsung também publicamente veio afirmar que o Blu-ray como formato não teria futuro. Pelo meio, vários estudos já deram o formato como bem de saúde, muito mal e assim-assim. Mas estudos são estudos e é o mercado, ou os consumidores, que decidem o formato, ou o seu futuro.

E eis que por estes dias a Microsoft, quando questionada sobre o formato DVD na Xbox 360, pois supostamente a adopção do Blu-Ray seria uma melhor solução para a consola, afirma:

"o Blu-ray está sendo ultrapassado como um formato. As pessoas estão passando dos DVDs para os downloads e streaming digitais, então oferecemos streaming com qualidade Blu-Ray, em total alta definição 1080p, sem download, sem atraso. Então, quem precisa de Blu-Ray?"

Mas mais importante que as afirmaçôes desta ou daquela empresa, quer públicas quer no privado, são as vendas dos Blu-ray, ou falta delas, no nosso mercado. Pois elas traduzem o andar e o destino que o formato em si terá. Boas.

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José Costa

Boas.
As prateleiras das Wortens até que têm alguns leitores de Blu-ray à venda, por preços realmente fantásticos. Mas não se vendem, talvez por força da crise, talvez porque a maioria dos consumidores nem sabe o que aquilo é, e os que sabem, os vêm como monos que são.

Para ajudar à festa, a Sony lançou nos EUA televisores com o Google TV. Um sistema que é um misto de TV e web, e cuja  conexão com a web pode ser feita via Ethernet ou Wi-Fi. Por sua vez, um estudo afirma que este ano (2010) se venderá 40 milhôes de TVs com ligação á internet. Para 2015 preve-se cerca de 200 milhôes.

Estas duas situaçôes apenas vêm confirmar aquilo que o mercádo à muito vem dizendo: cada vez mais os conteúdos audiovisuais serão descarregados da net e cada vez menos serão adquiridos em suporte optico. Os jogos, que até aqui têm tido no optico o seu suporte, começam já a ver a banda larga como o seu futuro. E mais ainda, a blockbuster que é a maior cadeia de aluguer de DVDs e Blu-ray, fechou ou vai fechar as portas, por falência, derivádo ão surgimento de uma serie de serviços de aluguer e venda de conteúdos audiovisuais através da net, por descarga.

Com tudo isto, ainda à quem acredite no Blu-ray como suporte de futuro?

OK, já sei o que alguns estarão a dizer: "E o gajo dá-lhe, não desiste!" Pois é, também eu o quero enterrar. É que enquanto este nado morto andar  por aqui a boiar, esta história do SD e do HD não se resolve. E já era altura de as coisas se definirem. Boas.

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Pedro Rocha

Continuo sem perceber tudo este "ódio" para com o Blu-Ray. Se o José não lhe consegue dar utilidade ou aperceber-se da utilidade que tem em backups e entrega de trabalhos em HD, então há quem dê. Mas não rebaixe ou menospreze algo que não tem, nunca teve e provávelmente nunca irá ter.

Citação de: Jose Costa em 14 / Out / 2010, 01:04
Pois é, também eu o quero enterrar. É que enquanto este nado morto andar  por aqui a boiar, esta história do SD e do HD não se resolve. E já era altura de as coisas se definirem.
Mas o que é que uma coisa tem a ver com outra, o que impede que o SD e HD se resolvam por causa do Blu-ray?

Eu digo por que é que o HD não anda neste país de m%$#&, a pirataria, o lucro fácil dos editoras portuguesas que continuam a vender maior parte dos BD's a 29,99€, o nosso fraco empreendedorismo nos audiovisuais que neste capítulo não apostamos na inovação e também na falta formação dos profissionais de audiovisuais.

Já irrita esta conversa do BD morto ou vivo!! ](*,)
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José Costa

Boas.
Pedro Rocha, também a mim muita coisa me irrita. Mas o objectivo de um fórum, penso eu, é a troca de ideias, opiniôes, partilha de conhecimentos. Se de cada vez que alguém faz um comentário menos agradável sobre o Blu-ray ou o Sony Vegas, "explodes", deixa de fazer sentido partilhar aqui as opiniôes. Marcas são marcas e por muito que eu goste da Sony, e gosto, isso não me impede de avaliar objectivamente um producto, em função do mercado a que se destina, e em função dos meus conhecimentos e experiências, quaisquer que elas sejam. Opiniôes são opiniôes e valem o que valem. Sejam minhas ou sejam tuas.

Em vez de utilizar chavôes e discursos feitos, tento mostrar os meus pontos de vista, as razôes para os meus pensamentos. E se certos ou errados, o tempo se vai encarregar de o mostrar. Mas enquanto isso não acontece, defendo as minhas opiniôes com garra e sem receio de estar errado. E se estiver, pois conto cá estar para de cabeça levantada o assumir.

Além do mais, como moderador desta secção, entendo que não me compete apenas a "moderação" mas também criar situaçôes que sirvam de motivação para o debate. Tenho para mim que a função de um moderador não é apenas ter escrito "moderador" junto ão nome, não é apenas "gerir" os posts e apaziguar os Users cujos comentários são mais "acessos", é também tentar dinamizar a área que se modera. Só dessa forma é que as coisas evoluem. Até porque, como sabes, diplomacia não é o meu forte.

Não é uma critica nem uma indirecta para ninguém, apenas uma linha de pensamento muito minha, que aliás tive a oportunidade de a mencionar na altura em que assumi o "cargo". Todos têm os seus empregos e familias, pelo que não fica muito tempo para se dedicar ão fórum, mas também se não fizermos um esforço de participação e dinamização disto aqui, mais vale bater a porta e ir "tocar" para outro lado. O fórum é feito por uma comunidade nem sempre unida, e com mais facilidade em criticar do que em fazer. E neste aspecto, eu também não estou issento de criticas.

Se através dos meus posts, e da minha linha de pensamento, são criádas condiçôes para o "opinar" construtivo por parte dos Users, estejam de acordo ou não com o que defendo, então já estou a conseguir o que me propus: debate. Acredito que do debate todos beneficiámos, desde que exista um debate e não apenas um atirar da toalha ão chão. Que extremismos não levam a nada, e também aqui a nada levam.

Tú tens um gravador Blu-ray. Trabalhas muito com ele, fazes muitos backups, gravas muitos projectos em HD. ÓPTIMO! Continua assim. Mas não é por isso que o Blu-ray é um sucesso e será o formato do futuro. Poderá estar a ser um sucesso para ti, mas não o é para a generalidade dos Users e para o mercado em geral.

Quanto a rebaixar ou menosprezar, lembra-te que estamos a falar de um producto, não de uma pessoa. Ou pelo menos, eu falei de um producto. A informação sobre o mesmo está correcta e ela está disponivel nos meios de informação, para quem a quiser ler, não inventei nada. Quanto á opinião expressa por mim no final da mensagem, creio que é bem clara. Para mim, o Blu-ray não é um suporte audiovisual de futuro, para mim o Blu-ray está morto. Se é bom, se é mau, se presta, se não presta, não me pronunciei sobre esse assunto. Como suporte audiovisual, independentemente do valor que proventura tenha ou mereça, na minha opinião, está morto.

O Blu-ray está morto, assim como os meus PCs baseádos em P4 estão ultrapassados. Estão ultrapassados mas continuo a trabalhar diáriamente com eles e a ganhar dinheiro. Mas não é por os ter, estar satisfeito com eles e ganhar dinheiro, que deixo de reconhecer que estão ultrapassados, comparativamente ãos PCs actualmente existentes. Da mesma forma, não é por ter ou deixar de ter um gravador Blu-ray que vou acreditar que ele tem futuro. Posso lhe dar uso, posso ganhar dinheiro com ele, mas vou continuar com a opinião de que não tem futuro.

Não querendo passar uma mensagem errada, levando-te a julgar que fiquei aborrecido, nem querendo levantar polémicas, não posso deixar passar em branco o seguinte: Se temos um país de m%$#&, só a nós se deve. E como ter o país que temos não é suficiente, muitos andam a fazer com a profissão o mesmo que fizeram com o país. E para alegria de todos, todos vemos e todos deixamos. E quem conscientemente se julgar de fora "deste" leque, pois dê-se por feliz e não tenha medo de levantar o braço no meio da multidão e se destacar de entre todos.

Pedro Rocha, não tenhas medo de defender o teu ponto de vista. Aponta razôes, exemplos de mercado. Mas dizer apenas que é, porque é, não chega. Pelo menos para mim. Mas também não precisas de me convencer. O mercado é o que é, as situaçôes estão à vista de todos e basta olhar à volta para se constactar os factos. E não é por tú não estares de acordo com elas que a situação vai mudar. O "Ódio" não existe, apenas a constactação de que apesar de se terem decorrido cerca de 6 anos desde o lançamento do Blu-ray, e de já se terem decorrido 2 anos desde que o HD-DVD morreu, o Blu-ray continua sem dar mostras de se conseguir impôr face ão seu concorrente directo, o DVD.

"O Rei está morto. Longa vida ão Rei."

Boas.
O profissional inovador não segue a multidão. Ele tem lucidez para remar contra a maré e não se importa em ser taxado como "um estranho no ninho". - Luiz Roberto Carnier

Pedro Rocha

Com tanta linhas escritas acabas-te por não responder à pergunta principal, concentra-te no tópico:

Citação de: Jose Costa em 14 / Out / 2010, 01:04
Pois é, também eu o quero enterrar. É que enquanto este nado morto andar  por aqui a boiar, esta história do SD e do HD não se resolve. E já era altura de as coisas se definirem.

Pois meu caro, para mim tem sido muito útil desde que o comprei e por estar à espera que o mercado decida é que andamos sempre na mesma a reboque dos outros...

E acho que o escrevi revela bem o meu ponto de vista, em poucas palavras, mas revela. Não tenho tempo para grandes dissertações e testamentos.
MOVIMAGEM - Produção e Formação Audiovisual
Facebook - Movimagem

José Costa

#13
Boas.
OK, aqui vai a resposta:
A indústria está dividida: uns acreditam no Blu-ray, outros não e outros ainda estão à espera de ver o que acontece. Como tal, não surge nada no mercádo que realmente substitua o DVD e que permita gravar video HD. As TVs HD estão aí, as câmeras HD também já por cá andam à muito tempo, no entanto não temos um suporte de gravação HD que efectivamente se implante no mercado. Como todo o mercádo está estagnado à espera de algo acontecer,  DVD continua a ser a única opção de gravação, pois nem todos se movimentam nos chamados nichos de mercado. Se o Blu-ray desaparecese, a indústria já tinha colocado algo cá fora, pois a batalha HD-DVD vs. Blu-ray apenas serviu para matar os 2 únicos à altura. E como ninguém quer entrar novamente numa batalha, cujos resultados seria mais do mesmo, está tudo à espera que o desgraçado morra de exaustão. Resposta dada.

Citádo: "para mim tem sido muito útil desde que o comprei"
Óptimo! Que assim continue por muitos e bons anos. Não tenho nada contra.

Citádo: "E acho que o escrevi revela bem o meu ponto de vista"
O teu ponto de vista nunca ofereceu dúvidas. As razôes é que sim.

Citádo: "Não tenho tempo para grandes dissertações e testamentos."
É exactamente por todos procurarem respostas rápidas e fáceis nestes fóruns, e muitas vezes as obterem, que existe tanta ignorância. Todos sabem que se faz assim, mas ninguém sabe porque é que se faz. Em vez de ensinar a pescar, dámos o peixe. Depois vêm alguns para aqui se queixar da falta de formação. Boas.

P.S. Quem não gosta de ler testamentos, tem sempre a possibilidade de mudar de página. É a ler "testamentos" que por vezes se aprende algo. Mas é preciso querer aprender. Mas tens razão, é um erro meu querer ensinar a pescar. Vou começar a dar 5 cêntimos para o pessoal ir ão mercado comprar o peixe.
O profissional inovador não segue a multidão. Ele tem lucidez para remar contra a maré e não se importa em ser taxado como "um estranho no ninho". - Luiz Roberto Carnier

José Costa

Boas.
Um estudo realizado por DigiTimes vem reafirmar aquilo que já é do conhecimento de muitos profissionais, apesar de vários sectores se recusarem a aceitar os factos:  o Blu-ray não está a ter a implantação esperada.

Dois dos maiores fabricantes de unidades ópticas em Taiwán, são elas a Lite-On IT e a Quanta Storage, vendeu durante este ano de 2010 apenas 1,5% de unidades Blu-ray em comparação com  o total de unidades ópticas (DVD, CD, outras), o que segundo o estudo, representa apenas um aumento de 1%  em relação ão número de unidades Blu-ray vendidas durante o ano de 2009.

Os leitores Blu-ray viram o seu preço baixar para valores muitas vezes abaixo dos 100 e os discos graváveis acompanharam também essa queda de preços, mas apesar disso não se conseguiram impôr no mercado, tanto no audiovisual doméstico como no informático. A crise económica que se vive nos Estados Unidos e na Europa pode, em parte, justificar o facto da maioria dos fabricantes de portáteis optar por não incorporar unidades Blu-ray nos mesmos, mas só por si não justifica tudo. A verdade é que a desconfiança e o descrédito de alguns "majors" do mercádo (Samsung, Microsoft e Apple, apenas para mencionar as mais conhecidas), contribuem para que o mercado não acredite no formato e como tal, não invista nele.

Perante a evolução do mercado, são cada vez mais os que acreditam que o sucessor do DVD será a memória Flash, tanto mais que os pen de 128 GB estão já no mercado, contra os 25 GB do Blu-ray e 50 GB dos de dupla camada. Boas.
O profissional inovador não segue a multidão. Ele tem lucidez para remar contra a maré e não se importa em ser taxado como "um estranho no ninho". - Luiz Roberto Carnier