Salvar unidade de filmes da Kodak

[António Cristo]

O aumento das filmagens digitais tem vindo a tirar dinheiro da Kodak há anos e, mesmo sem grandes concorrentes, já que a Fujifilm saltou fora do mercado em 2013, a Kodak enfrenta problemas. Com a possibilidade de extinção dos filmes para gravação a tornar-se cada vez mais verdadeira, os principais estúdios de Hollywood concordaram em unir-se para tomar uma atitude.
As empresas estão dispostas a comprar uma quantidade predefinida de filmes da Kodak mesmo sem saber se precisarão deles, conforme revelado pelo Wall Street Journal.
Com a ajuda, a Kodak evitará o encerramento da fábrica de filmes que mantém em Rochester, Nova Iorque. Desde 2006, as vendas de filmes da companhia caíram 96%, passando de 12,4 mil milhões de dólares para uns estimados 449 milhões este ano.
A companhia já tem pedidos feitos, só falta acertar os detalhes formais junto da Warner Bros, Universal, Paramount, Walt Disney e Weinstein, cujo conselheiro Bob Weinstein declarou ao WSJ: «É um compromisso financeiro, não há dúvida sobre isso.»
Bob foi convencido a ajudar pelo realizador Quentin Tarantino, um dos vários nomes consagrados que encabeçam o lobby pela salvação do filme analógico. Também estão envolvidos Christopher Nolan, Judd Apatow e JJ Abrams, que optou por não filmar o «Star Wars Episódio VII» em forma digital.
Os custos de produção, seja para filmar em analógico, seja em digital, são praticamente os mesmos, mas a segunda forma oferece melhores possibilidades de captação e edição. O que o mercado discute, entretanto, nem é qual técnica se sobrepõe, e sim a possibilidade de escolha. Os realizadores acima, por exemplo, são defensores do analógico, mas há os que consideram o método moderno mais conveniente, como Ian Bryce, de «Transformers 4: A Era da Extinção».
Fonte: Diário Digital